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Episódio #21 – “Quem planta certo já colheu metade da lavoura”

O sistema de preparo convencional é uma prática que mexe no solo através de aração, escarificação e gradagem, essa técnica ao longo do tempo vêm se tornou ultrapassada no plantio, a utilização de forma incorreta pode levar o solo a degradação física, química e biológica, ou seja, um método insustentável. Porém, o sistema de Plantio Direto envolve técnicas recomendadas de manejo para aumentar a produtividade, conservando e melhorando continuamente o ambiente, promovendo aumento na retenção de carbono, a qual são relevantes, sendo elas o aumento da produtividade e consequentemente o aumento da biomassa que é em forma de palhada que ajuda no controle de erosão do solo. Diminuindo a evaporação, aumentando a infiltração e armazenando a água no solo, desta forma diminui-se a amplitude térmica do solo, ajudando no desenvolvimento das plantas e organismos vivos, como uma incorporação lenta e gradativa ao solo, aumentando a matéria orgânica evitando as erosões, servindo de barreira para o impacto das gotas de chuva, dificultando o carreamento de solo. Outro benefício do SPD é a liberação gradativa de nutrientes no processo de decomposição da biomassa favorecendo a cultura subsequente, essa prática de manejo é uma inovação em busca do desejo de aumentar as colheitas e cultivar diversas culturas, fazendo a manutenção da fertilidade do solo, no controle da erosão e à redução do custo das operações, o que gera mais renda em uma agricultura estável. 

As práticas  conservacionistas  devem  ser  empregadas  a  fim  de  alcançar  o  manejo idealizado que é a ausência de camada compactada e erosão, e aporte de matéria orgânica no solo. O sistema plantio direto (SPD) com qualidade é requisito fundamental para atingir este manejo. É uma das tecnologias de baixa emissão de carbono em que, necessariamente, o solo não é revolvido, é utilizada a rotação de culturas no solo permanece coberto. Embora  o  SPD  esteja  difundido,  as  práticas  adequadas  foram  abandonadas  ao  longo dos  anos e falta  disciplina  no  campo  para  executar  o  conjunto  de  técnicas  recomendadas, principalmente  a  rotação  de  culturas,  isso  porque  em  curto  prazo  a  melhor  rotação  para  o sistema não é a mais econômica para o produtor.

A redução no número de predadores em áreas de cultivo convencionais quando comparado com o sistema de plantio direto contribui para um incremento no número de insetos-praga nas culturas estudadas por eles. Entretanto, a interação desses inimigos naturais potenciais e os insetos-praga em sistemas de plantio direto, foi escassamente investigada e, muitos desses resultados são controversos. Além dos inimigos naturais temos também outros fatores que vão apontar se terá uma boa produção ou não.

A densidade de plantas também é um fator importante que afeta principalmente a produtividade. A densidade ótima depende de diferentes fatores, tais como atributos da planta, período de crescimento, época de semeadura e manejo, fertilidade do solo, tamanho da planta, umidade disponível, radiação solar e o método de plantio . O espaçamento entre e dentro da linha são cruciais para o desenvolvimento e produção. Maiores espaçamentos permitem a oportunidade de obter plantas bem desenvolvidas, melhor enraizamento e crescimento equilibrado, de forma a promover maior absorção de nutrientes e água, o suficiente para sintetizar e assimilar fotossinteticamente, permitindo a produção de frutos maiores e de melhor qualidade. Em geral, espaçamentos mais próximos entre linhas elevam a produção de frutos devido ao aumento do número de frutos por área, mas com menor massa de fruto. São raros os trabalhos realizados no Brasil, onde são utilizados espaçamentos que variam em função da espécie, cultivar e sistema de produção adotado.

Referências 

OLIVEIRA, Marco Antonio de et al. Bioindicadores ambientais: insetos como um instrumento desta avaliação. Revista Ceres, v. 61, p. 800-807, 2014.

RESENDE GM; BORGES RME; GONÇALVES NPS. 2013. Produtividade da cultura da abóbora em diferentes densidades de plantio no Vale do São Francisco. Horticultura Brasileira 31: 504-508

MANFRE, Edson Roberto et al. O SISTEMA DE PLANTIO DIRETO NA PRODUÇÃO DE MILHO. A IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS DE COBERTURA EM LAVOURAS. Anais Sintagro, v. 11, n. 1, 2019.

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